"(...) algas marinhas, as quais se desprendem sempre que o mar está revolto ou em período de marés vivas, predominantemente nos equinócios. (...) Contudo, a "mareada" é mais abundante após um período de maresia, porque o mar arroja à costa as algas que se desprenderam. É, assim, mais fácil ao sargaceiro a sua recolha e o seu transporte para o local onde fica a secar durante dois a três dias. Mas a apanha do sargaço é, habitualmente, faina difícil e perigosa, dado que é necessário enfrentar as ondas do mar, por vezes muito encapeladas. Por isso cabe aos homens aquela tarefa, e às mulheres o transporte para as "camas" de secagem.
Depois de seco o sargaço é "empadelado", isto é, enrolado e posto em pequenos montes - "padelos" - e transportado, então, para as cabanas, onde fica empilhado, formando "serras", até sua utilização nas culturas agrícolas.
Dado o reconhecido valor como fertilizante natural, e a convicção cada vez maior dos perigos para a saúde pública inerentes ao uso excessivo de adubos químicos, a procura do sargaço tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos."
Depois de seco o sargaço é "empadelado", isto é, enrolado e posto em pequenos montes - "padelos" - e transportado, então, para as cabanas, onde fica empilhado, formando "serras", até sua utilização nas culturas agrícolas.
Dado o reconhecido valor como fertilizante natural, e a convicção cada vez maior dos perigos para a saúde pública inerentes ao uso excessivo de adubos químicos, a procura do sargaço tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos."
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Em Vila Chã, contudo, a situação era um pouco diferente desta que o texto supracitado refere. Segundo o autor do livro: "Vila Chã e suas origens" este trabalho "árduo e penoso" era feito pelas nossas corajosas mulheres, os homens só interferiam quando era preciso "arrancar o sargaço fora do alcance das mulheres" (p.67) utilizando então os seus barcos.
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