Onde se situa?

"Vila Chã é uma freguesia costeira do Concelho de Vila do Conde, inserida na Área Metropolitana do Porto, na zona costeira Noroeste de Portugal. Dista cerca de 6 km da sede do Concelho, 10 km do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, 17 km do Porto de Mar da Póvoa de Varzim e 21 km da cidade do Porto. Tem como freguesias confrontantes: Mindelo pelo norte, Modivas pelo nascente, e Labruge pelo sul e o Oceano Atlântico pelo poente.

Acessos pela EN13 ou A28, ou pela linha B do Metro do Porto."
Extraído de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Ch%C3%A3_(Vila_do_Conde)#Localiza.C3.A7.C3.A3o

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Comemorações do 1º Centenário da Implantação da República

1 de Outubro

21h30
Biblioteca Municipal

Plantação da árvore do centenário e descerramento de placa

Exposição “Letras e cores, ideias e autores da República”

Palestra “A mulher na primeira República" com a Dr.ª Maria Barroso

Concerto pela Academia de Música S. Pio X

5 de Outubro

10h00
Praça Vasco da Gama


A Implantação da República em Vila do Conde - Encenação por elementos da Comunidade Educativa do Concelho

Hastear da Bandeira Nacional pela Guarda de Honra pelo Corpo Activo dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde

Hino Nacional pela Banda Musical de Vila do Conde

11h00
Cemitério do Monte do Mosteiro

Romagem de Saudade

Descerramento de placa em Memória dos Republicanos falecidos

Deposição de coroa de flores no jazigo de dr. António Maria Pereira Júnior

21h30
Teatro Municipal


No Centenário da República - Animação cénico-musical

Lusio Voce concerto - “Os Compositores da 1ª República”

Piano – Daniel Coutinho
direcção – Clara Coelho

Fonte

O Trajo da Lavradeira rica

"As romarias eram, e ainda são, o local tradicional para o convívio e o encontro social, propicio ao cruzamento dos mais diversos estratos sociais em torno de uma devoção religiosa comum. Eram o evento ideal para cada romeiro exibir o seu melhor trajo, rico nos pormenores, revelador da sua condição social e das suas origens rurais ou citadinas.
No caso da lavradeira rica do Douro Litoral, poderá parecer que o seu trajo tem um papel secundário. O preto serve de fundo aos adornos de ouro e que são o símbolo da sua riqueza e estatuto social.
Este trajo é composto por camisa de algodão completamente oculta, excepto os folhos espreitando no decote e nos punhos. Casaquinha de seda lavrada (preta), cingida ao corpo formando uma aba de renda plissada, guarnecida com franzidos e galões (provavelmente, também vidrilhos), ajustada na frente com botões. Mangas compridas com decorações idênticas nos punhos. Saia de tecido idêntico ao da casaquinha, com ampla roda, pregueada na cintura e decorada na orla com um tecido diferente, presumivelmente veludo. Calça meias brancas e chinelas de verniz pretas. Na cabeça, lenço de seda e chapelinho ornado com plumas."





Do conjunto, destacam-se as peças de ouro típico da região, sobretudo, pela sua dimensão, uma cruz de malta presa a um cordão de três voltas.



Imagem: Revista “Ilustração”, nº 110, 1930-39

Casas regionais portuguesas


Exemplos de casas tradicionais portuguesas


segundo ilustração publicada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira



Fonte: http://etnografiaemimagens.blogspot.com/

Chulas e malhões

"Pedro Homem de Mello caracterizou-a como uma "dança complicada, rica e subtil onde certos saltos evocavam modas escandinavas." Houve tempos em que os trabalhos agrícolas, como as mondas, as desfolhadas ou as espadela­das do linho eram pretexto suficiente para puxar da concertina, da viola ou da rabeca e dar ritmo aos movimentos. Eram serões animados pelas modas criadas à medida do carácter do minhoto, para quem "dança" é impreterivelmente sinónimo de alegria.(...)As romarias eram outro bom pretexto para se dançar as 'chulas". Eram criadas com letras e coreografias um pouco diferentes consoante a localidade em que surgia. Mas cada freguesia defendia a sua, com brio e vaidade. (...)
As chulas são as únicas rainhas das danças do norte. Descemos ao Baixo Minho e entramos na reino dos "malhões', o ambiente é de folia e animação. É conhecido como "malhão velho'. 'malhão minhoto' ou simplesmente "malhão". A dança começa quando os pares dispostos em círculo, se voltam para dentro dando a direita à moca. Depois de irem dançando em 'passo de chula", e de o mandador dar ordem, eis que se inicia o "voltear". É execu­tado em cinco tempos, durante os quais os pares volteiam sobre si em passos mais largos. No final deste movimento surge o característico "pulo" a 'pé-coxinho".(...)Para alguns interessados nestas matérias, esta será uma dança campestre que terá surgido no distrito do Porto. O nome de "malhão" terá tido origem em algum instrumento agrícola e nos tempos em que era dançado nas aldeias, tinha uma coreografia diferente, mulheres e homens dispunham-se em fila, frente a frente. Iam-se aproximando e afastando sucessivamente e batiam o ritmo com os pés. O fim da dança acontecia quando todos fechavam a roda e pulavam. Curioso é, no entanto, o testemunho dos mesmos autores para os quais a dança tomou um rumo e uma conotação bastante diferente depois de ter passado do campo para a cidade, pois dizem que a dança foi “adoptada nas orgias e bacanais do povo rude". Porém, esse significado foi ultrapassado e hoje o "malhão" é dançado sem preconceitos."


Escola à moda antiga: 4ª classe


Escola à moda antiga: 3ª classe

Escola à moda antiga: 2ª classe


Escola à moda antiga: 1ª classe


Lembra-se?


 

 




Quem se lembra?






segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que são arrais?

Claro que os vilaplanenses com mais idade, riem-se desta minha pergunta. É óbvio que sabem o que é. Porém, temos que pensar nos mais novos habituados a brincar com o computador e com as "playstations" e afastados das tradições locais.
Um arrais é uma pessoa habilitada a dirigir uma pequena embarcação. Em Vila Chã houve, em tempos idos, mulheres com cédula marítima, e portanto habilitadas, a dirigir embarcações, o que é extraordinário num mundo masculino. De facto,investigadores como Ivone Baptista Magalhães e João Paulo Baptista " a comunidade de mulheres pescadoras de Vila Chã, até agora consideradas um caso único em Portugal", ideia também defendida no livro "Vila Chã e as suas Origens".

sábado, 31 de julho de 2010

Um acto de Heroísmo

Os homens do mar são conhecidos ao longo da História pelos seus actos de coragem e bravura e os nossos homens não fogem à regra.
Quando, em Maio de 1941, um avião inglês cai na praia de Guilhade, Manuel da Silva Oliveira, Manuel Carneiro, Cândido Augusto, Emílio Alves Neto, Carlos Ribeiro dos Santos e José Maria Silva, lançaram-se ao mar para resgatar os militares ingleses. Este avião teria 6 ou sete tripulantes, sendo que quatro foram salvos.
(Para saber mais ler o livro "Vila Chã e as suas Origens").
Que tipo de avião era este?
"O Avro Lancaster foi o melhor e o mais famoso bombardeiro quadrimotor britânico da II Guerra Mundial. Nasceu em 1941 como espólio do fracassado bombardeiro bimotor Avro Manchester.
Seu baptismo de fogo ocorreu em 2 de Março de 1942 e, até ao fim da guerra, cobriu-se de glórias. Os 7.366 exemplares produzidos realizaram 156.000 missões, lançando 608.612 toneladas de bombas (entre as quais algumas "Grand Slam" de 10.000 kg). Entre as suas muitas acções de repercussão, estão o ataque à represa de Moehne e Eder, em 17 de Maio de 1943, e o afundamento do Tirpitz, em 12 de Novembro de 1944.
Em 1945, mais de 1.000 Lancaster ainda se encontravam em serviço ativo na RAF, em 56 esquadrões."
Extraído de:




O filme está em inglês (sem tradução)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

TAINHA


"Tainha (a grafia "taínha" é errada, embora frequente) é a designação vulgar de vários peixes da família dos mugilídeos. A maior parte das espécies pertence ao género MugilL, mas a designação estende-se a outros géneros (e mesmo a algumas espécies da ordem dos PerciformesS). Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem também em água doce. É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano (...). A família dos Mugilidae inclui cerca de 80 espécies divididas por 17 géneros. Muitas das espécies são ainda conhecidas pelos nomes de muge, mugem, fataça, etc."

Maragota

Este é mais um peixe delicioso que, em Vila Chã, lhe pode chegar à mesa. A maragota (Labrus bergylta) é unm peixe de mar da familia que vive em águas costeiras (até uns 50 m de profundidade). Este peixe pode ser encontrado no Mediterrâneo ocidental, no Oceano Atlântico e, no norte, até à zona oeste do Mar Báltico.
Alimentam-se principalmente de pequenos moluscos (sobretudo de mexilhões) que vão triturando entre as suas mandíbulas.
A Marogota é da família do Sarrão, sendo muitas vezes confundida com este.
Quando nasce, a maragota é sempre fémea: mudará ou não de sexo entre os 5 e os 14 anos.

Faneca: quem não gosta?




Este peixe é mais uma das preciosidades que podemos encontrar nos pratos dos vilaplanenses.

"A faneca espécie "Trisopterus luscus" muito vulgar no litoral costeiro de toda a nossa plataforma continental. A faneca aproxima-se mais da costa durante os meses de Outono e Inverno, quando atingiu já a maturidade. No seu estado juvenil prefere os estuários para nidificar. Este peixe varia consideravelmente de tamanho, sendo o seu comprimento médio cerca de 25 cm.
A faneca nada geralmente em grandes cardumes nas águas frias das profundidades da nossa plataforma continental. De natureza muito gregária é no cardume que ela encontra meios de defesa contra possíveis predadores.
(...)
A faneca é essencialmente um peixe carnívoro. Carnívoro quando atinge a maturidade e desta forma se encontra adaptado a perseguir pequenos peixes bem como manchas planctónicas de crustáceos e alevins. No entanto, durante o seu estado juvenil, pode adquirir outros hábitos alimentares como são as algas e os vegetais em geral. Tudo indica, olhando os pequenos mas afiados dentes que ostenta nas suas maxilas, que na sua forma definitiva leve uma vida de depredador, alimentando-se desde as formas animais já descritas até a uma gama muito extensa de pequenos invertebrados. Ao alimentar-se junto aos fundos, a faneca tem por hábito soprar contra estes pequenos jactos de água, criando desta forma nuvenzinhas de areão, o qual ela ingere conjuntamente com possíveis seres que ela contenha." *

Dizem que o que vem à rede é peixe...



Nem sempre...
porém à linha dos pescadores de Vila Chã vem muitas vezes o meu peixe favorito. Falo-vos do Sarrão, também conhecido noutros sítios por bodião.

"Estes peixes encontram-se normalmente em fundos rochosos com algas. A principal qualidade deste peixe é a sua combatividade, por vezes pensamos que ferramos um grande peixe quando na realidade trata-se de um Sarrão de 10 cm. Os iscos mais utilizados para a captura destes peixes são os camarões, amêijoa, serrada, minhoca coreana e casulo."(1)

"Muito activos durante o dia, altura em procuram alimento. As suas cores são em tonalidades de castanho e verde." (2)

Existem vários tipos de sarrões/bodiões, consulte (1)aqui e também aqui.

Parque escolar de Vila Chã


Faltam aqui as fotos da escola da praia que, no momento não temos.

Para ver mais fotos sobre Vila Chã, clique aqui.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Redes de pesca


"Redes de pesca são aparelhos para pescar flexíveis,[1] construídos principalmente com panos de rede, geralmente de fibras relativamente delgadas e com malhas de tamanho menor que a menor dimensão dos peixes ou mariscos que se pretendem capturar com elas.
Existem três tipos básicos de redes de pesca:
As redes de arrasto;
As redes de emalhar;
As redes de cerco."

Leia mais aqui

Côvos

"Iscar os Côvos em Vila Chã"


"Em Portugal existe uma pesca tradicional para cefalópodes (principalmente polvo) com alcatruzes (que são recipientes de barro, normalmente presos em número variável a linhas suspensas na água) ou "covos" que são gaiolas fabricadas de arame ou fibras vegetais. Os "covos" são bastante utilizados na costa norte portuguesa (Matosinhos, Labruge, Vila Chã, Mindelo, Vila do Conde e outras). Estas artes de pesca, como se designam os instrumentos utilizados directamente na captura de peixe e outros animais aquáticos, pertencem ao grupo das chamadas artes passivas, uma vez que é o próprio animal que as procura, normalmente como refúgio, ficando nelas aprisionado."



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Os nossos homens e a pesca do bacalhau


Navio Bacalhoeiro S. Gabriel





Fotos enviadas por email por Maria Gonçalves